Na madrugada do dia 03 de setembro vários vultos de negros saíram de entre uns arbustos e correram em direção ao bimotor de 16 lugares Pilatus Britten Norman BN 2, que acabará de pousar em uma pista semi-preparada em uma fazenda próxima a fronteira ente Zamorra e Manizale. O Avião pertencia a Força Aérea Manizale e tinha suas marcas de identificação apagadas.
Todos os eram membros da milícia republicana e estavam foragidos, acusados de participarem do complô para matar o Secretário-Geral da ONU, Ho Young Park. Como aliados do presidente Mário Guzmán, da República de Manizales, e sabendo de muitas coisas que incriminavam Guzmán, exigiram serem retirados de seu país antes que as forças da ONU os prendessem e os fizessem responder por seus crimes.
Na verdade deviam ser seis homens que seriam retirados pelo Britten, mas um deles não pode chegar a tempo do resgate. Seu nome era Alfredo Aguirre, principal comandante militar da milícia republicana e o braço direito em Zamorra do General de Brigada Alfredo Contreiras, ex-chefe do SEI - Serviço Especial de Informações de Manizales em Zamorra.
Aguirre e Contreiras foram encarregados por Guzmán de planejarem o assassinato do Secretário-Geral da ONU. Quando todo o plano foi descoberto, a seis meses atrás, pelas forças da ONU e deflagrada a Operação Badálo, Guzmán jogou toda a culpa em Contreiras e Aguirre.
Contreiras que estava em seu país assumiu a culpa, livrando Guzmán das acusações e "sumiu", indo se refugiar em uma fazenda no interior de Manizale. Mas Aguirre ainda permanecia em Zamorra e precisava ser retirado de lá. Ele também era acusado do massacre de 36 índios de uma pequena aldeia perto da fronteira com Manizales, os índios foram acusados de darem apoio a homens do Partido Kaeno (partido indígena, que lutava pelos direitos do índios e a queda das oligarquias em Zamorra).
O resgate do dia 03 de setembro tinha por alvo Aguirre e outros cinco homens que estavam envolvidos com o complô, mas o carro de Aguirre sofreu um acidente durante o percurso ao atravessar em alta velocidade um canavial. Seu carro virou numa curva, capotou três vezes, Aguirre levou uma pancada na cabeça e ficou inconsciente e um dos seus dois guarda-costas morreu. O outro guarda-costa que tinha quebrado a perna direita não pode avisar o pessoal do avião e assim Aguirre perdeu o seu vôo para a liberdade. Socorrido por simpatizantes republicanos teve que esperar por outra iniciativa de Guzmán para sair do país, pois os portos, aeroportos e fronteiras estavam fortemente vigiados pelas forças da ONU.